Gestão de Crises
Crise é a sequencia acelerada de eventos que causa perda de controle e consequências crescentemente indesejáveis. Crises estimulam as emoções dos envolvidos, reduzem a objetividade e induzem comportamentos inadequados. A origem das crises é ardilosa: não é a gravidade da situação que faz eclodir a crise, é o contexto emocional dos envolvidos.
Uma crise é uma mudança – repentina ou em evolução – que resulta em um problema urgente e que deve ser resolvido imediatamente.
Para uma empresa, uma crise é qualquer coisa com potencial para causar sérios e imediatos danos à reputação, aos funcionários ou aos resultados. Uma grande crise afetará toda a organização e, em alguns casos, pode levar ao seu fechamento. Os administradores, cujas organizações estão no meio de uma crise, devem agir rapidamente, visando reconhecer as fontes, contê-las e, por fim, resolvê-las com o mínimo de danos.
Embora todos certamente possamos nos lembrar de uma situação de crise em nossa ou em outra organização, poucos gestores estão em plenas condições para enfrentar potenciais crises. Poucos, ainda, recebem treinamento em gerenciamento de crises. Nenhuma dessas deficiências deve nos surpreender, pois a gestão de crises, como um campo formal de estudo e treinamento, é relativamente novo, tendo surgido apenas nas últimas três décadas.
Gerir crises não é para amadores, tampouco para imaturos. A maturidade, a serenidade e o senso comum prevalecem. Gerir crises exige atenção, concentração e foco, não é passatempo nas horas vagas de alguém sobrecarregado com outras atividades.
Administrar crises exige coesão entre envolvidos, decisões colegiadas e muita informação. Gerir crises evoca nossa aguda sensibilidade: colocamos em prática o que temos de mais valor!
Há governos, líderes e dirigentes de organizações que negam a existência de crises. Trata-se de um ato de profunda arrogância e nenhuma virtude prática. Por isso, aceitar e compreender o momento em que a crise se inicia, bem como sua evolução, é essencial.
Para quem gerencia crises, o ciclo de vida de uma crise percorre cinco etapas: reconhecimento, isolamento ou contenção, intervenção ou resolução, recuperação e aprendizado da experiência. Em cada etapa a ação do gestor de crise deriva das condições existentes no momento, e elas são significativamente distintas.
Finalmente, é necessário compreender quando as crises terminam, para que os sistemas e processos voltem ao normal e para que as medidas de recuperação pós-crise sejam adotadas.
Referências:
Crisis Management, Master the Skills to Prevent Disasters – Harvard Business Press
Inovação, Estratégia, Empreendedorismo e Crise – Paulo Yazigi Sabbag
Crisis Management, Planning for the Inevitable – Steven Fink
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